Você tem percebido que uma onda de casos de depressão tem invadido nosso círculo social?
Segundo projeções da Associação Mundial de Psiquiatria, em 2020 a depressão
será a segunda doença mais comum no mundo, perdendo apenas para as doenças
cardiovasculares.
Estima-se que o Brasil possua 13 milhões de pessoas sofrendo
de depressão. No mundo, são 340 milhões e cerca de 850 mil suicídios/ano
provocados por ela, de acordo com dados da OMS.
Depressão é diferente de tristeza e
infelicidade. Também não é preguiça, falta de fé ou força de vontade. A
depressão é uma desordem afetiva, em que a pessoa sente uma persistente
tristeza ou vazio, perda de interesse pela vida, sentimentos de culpa ou
desvalor, dificuldade de concentração e memória, diminuição da energia, podendo
apresentar inclusive ideias suicidas quando parece não mais haver saída ou
esperança de melhora.
Essas pessoas apresentam um desequilíbrio na química
cerebral, e seus neurônios não respondem bem aos estímulos e têm sua
comunicação prejudicada. Essas alterações podem ser vistas em sofisticados
exames de imagem, como o PET scan, que evidencia uma diminuição da função do
lobo frontal de cérebro.
Existem muitos fatores que podem contribuir
para o surgimento da depressão, por exemplo: fatores genéticos, deficiência de
vitaminas, alterações hormonais, estilo de vida inadequado, divórcio e outros
problemas conjugais, sentimento de abandono, morte de um ente querido, traumas
e maus tratos na infância, etc.
A primeira opção de tratamento que as pessoas
buscam são os medicamentos antidepressivos, como a conhecida fluoxetina e a
moderna venlafaxina. Em geral, esses medicamentos apresentam efeitos adversos e
não resolvem o problema em todos os casos. Não importa quais forem as causas, a
depressão tem solução. Porém, muitas vezes o segredo não está na farmácia ou no
médico, mas numa maneira diferente de enxergar o sentido da vida e na resolução
das causas e conflitos.
Sim, você pode ser feliz! A primeira coisa
a ser feita é eliminar da mente os pensamentos negativos. Procure se concentrar
nas coisas boas da sua vida.

A sua dieta também influencia a saúde
mental. No fim de dezembro, pesquisadores de Londres provaram que comida
processada e rica em gordura aumenta o risco de depressão em 58%. Já aqueles
com uma dieta rica em vegetais e frutas apresentam chances menores de
apresentar os sintomas. Inclua os seguintes alimentos na sua dieta: arroz
integral, repolho, couve, castanha do Pará, abóbora, feijão, frutas, cereais
integrais e verduras cruas.
Exponha-se ao
sol 15 minutos por dia. Faça caminhadas ao ar livre. Se você não sente vontade
para dar os primeiros passos, peça para alguém acompanhá-lo (a).
A erva de São João (Hypericum perforatum) é uma ótima
alternativa aos antidepressivos, com eficácia comprovada e menos efeitos
adversos. Entretanto, não é recomendado usá-la em combinação com outros
antidepressivos e sem recomendação médica.
E o mais importante: aprenda a lidar com os
sentimentos. Sinta os sentimentos, mas sem deixar que eles o(a)
dominem. “No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade,
considera em que Deus fez tanto este como aquele…” (Ec 7:14).
Busque a paz com
Deus e com as pessoas. Perdoe-se a si mesmo (a) e aos outros.
Tenha paciência…
dias melhores virão!
Luiz Fernando Sella
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